21 julho 2009

London Calling (3)

Não tenho pensado muito nisto, quer por desleixo, quer por falta de tempo, mas ontem estive a falar com o meu Amigo Edgar, que está cá em Portugal, e lembrei-me de vir aqui hoje, que os miúdos até estão sossegados, por isso posso dar alguma atenção à continuação da minha história.

Então, como já disse, eram cerca das 22h quando aterrámos em Gatwick. O meu voo da manhã (aquele que perdi, nunca é demais repetir) ia para Luton, mas assim até foi bom porque fiquei a conhecer os dois aeroportos.
Gatwick tem uma coisa boa, que é ter uma linha de comboio directa para o centro de Londres, ao passo que Luton não.
E foi de comboio que seguimos, depois de nos informarmos dos preços dos taxis. Eram mais ou menos a mesma coisa, mas os taxis vinham do centro para nos buscarem, por isso íamos esperar bastante tempo.
Apanhámos o Gatwick Express com uns bilhetes de desconto, já que eramos um grupo grande.
Mal arrancámos, aquele amigo que já ia muito tocado saca duma garrafa de tequilha e toca de começar a beber e a distribuir por nós (íamos divididos em dois grupos e no nosso, que ficou com a tequilha, eramos seis), em pequenos shots com a tampa da garrafa.
A rodar por todos e todos a dizer piadas às caras das pessoas que estavam à nossa volta (senti-me com 15 anos outra vez), "olha aquele a cobiçar a nossa tequilha", "não entornes senão ele vai lamber a mesa", etc...
Entretanto chegou o revisor, que por acaso era uma revisora, que começou logo a sorrir assim que sentiu o aroma no ar, e as piadas continuaram, e ela a rir-se, até que resolveram começar a falar com ela em inglês. Mas eu achei que ela estava a perceber tudo e olhei para a placa ao peito com o nome: "Lúcia"...
"Ok", disse eu, "acho que podem falar em português..." e vai daí ela responde a um deles: "Engraçadinho!"... era mesmo portuguesa! A malta fez logo uma grande festa e ela lá seguiu pela carruagem, a picar os bilhetes dos restantes passageiros.
Entretanto chegámos a Victoria Station e toca de ir arranjar taxis. O primeiro arrancou logo mal nos viu, não sei bem porquê... :-)
Tivemos que ir em quatro táxis, quatro em cada um, para equilibramos as contas.
Como íamos todos para a mesma zona, fomos juntos; tanto o amigo deles, que fazia anos, como o meu amigo Edgar viviam em Dalston, embora a algumas ruas de distância.
Não percebi logo porque é que o nosso motorista não estava a dar com o caminho, já que parecia ter um GPS no táxi, mas depois percebi que aquilo não era um GPS, mas sim um mapa electrónico, por isso apenas indicava as ruas, não nos guiava.
O nosso táxi era daqueles tradicionais, mas moderno, que eles ainda fabricam daquilo. Mas o do meu colega de escritório Duarte, era dos antigos; foi o último a chegar (embora não tenha sido o último a partir) porque, segundo ele contou, o escape do táxi caíu três vezes! Ele até andou feito mecânico, a ajudar o motorista, coitado.
E pronto! Eis-nos chegados a casa do aniversariante onde já havia uma bela festa, e eu lá fiquei um bom bocado, a beber umas cervejas, feito penetra.

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